
Ciência cidadã: movimento de integração entre sociedade e cientistas em prol da pesquisa
Você já imaginou uma forma de contribuir para a ciência mesmo não sendo cientista? Com o movimento da ciência cidadã, isso é possível. A ciência cidadã permite aproximar a população da produção científica, buscando promover a participação da sociedade na produção de estudos, principalmente nos levantamentos de dados. Além disso, a ideia ainda minimiza alguns gastos dentro de projetos, pois conta com o auxílio voluntário de cidadãos interessados em fazer ciência.
Inicialmente, a ciência cidadã estava relacionada às questões de saúde e questões ambientais, utilizando dados coletados pelas pessoas acerca do próprio desenvolvimento físico e do ambiente ao redor. A ciência cidadã auxilia na busca por sustentabilidade na produção agrícola, por exemplo, contando com a ajuda dos cidadãos na vigília de um plantio correto, criando sensibilidade para questões ambientais e a necessidade de preservação da natureza.
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Existem, no Brasil, plataformas de cooperação de coleta e análise de dados entre cientistas e a sociedade, como a Plataforma Urubu Mobile. Desenvolvido por estudantes da Universidade Federal de Lavras, o aplicativo permite ao usuário registrar animais que foram vistos nas rodovias do país. Seu principal objetivo é evitar atropelamentos de animais silvestres nas estradas, mapeando de acordo com o registro feito pelas pessoas, as áreas com maior incidência de passagem de animais nas pistas. Além disso, o programa é parte de um sistema integrado do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, que realiza pesquisas sobre a presença de animais silvestres nas rodovias do país e seus impactos ambientais.
Você pode participar desse projeto! Para saber mais sobre essa plataforma, acesse.
Outro grupo de ciência cidadã ligado à observação da fauna brasileira é o projeto de pós doutorado “Eu vi uma ave usando pulseiras?”, idealizado por Eduardo Alexandrino da Universidade de São Paulo (USP). A iniciativa permite que voluntários cadastrados acessem áreas de matas, localizadas no interior de São Paulo e registrem o comportamento de aves que estejam usando “pulseira” de identificação, anotando a localização da ave observada. Os dados coletados pelos voluntários são analisados por especialistas do projeto e publicados na plataforma Táxeus, auxiliando na pesquisa sobre o comportamento dessas aves, principalmente a conexão entre esses seres e a preservação ambiental.
O uso da ciência cidadã em pesquisas ajuda na aproximação e compreensão das pessoas em relação à produção científica. Além disso, projetos que necessitam de um grande número de pessoas para coleta de dados, diminui seus gastos ao contar com a ciência cidadã.
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