
#MinhaCiênciaEmUmTweet, divulgação científica e valorização da ciência
No final de outubro deste ano, Dalton Ludwick, PhD em entomologia (ramo da zootecnia que estuda os insetos) e atual pesquisador na University of Missouri-Columbia, desafiou os cientistas do mundo a contarem, em 140 caracteres do Twitter, o que eles pesquisavam. O alcance foi grande e milhares de cientistas começaram a usar a hastag #MyOneScienceTweet para expor ao mundo, de maneira simples, o que eles fazem em seus gabinetes e laboratórios.
If you could have the entire world know just one thing about your field of study, then what would it be? #MyOneScienceTweet
— Dalton Ludwick (@EntoLudwick) 27 de outubro de 2017
O movimento chegou aos assuntos mais comentados do Twitter e os cientistas se divertiram em encontrar uma forma de fazer com que seus trabalhos coubessem em apena um tweet. Com a visibilidade alcançada pela rede social, os tweets receberam respostas surpresas e animadas de outros usuários da rede. Muitos não sabiam que pesquisas como as que foram divulgadas estavam acontecendo.
No Brasil, a hastag foi compartilhada pelo instituto Serrapilheira, que possui o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich , e o vice-presidente da Regional São Paulo da ABC, Oswaldo Luis Alves, em seu conselho científico. Confira o tweet abaixo:
#MyOneScienceTweet e #WhyMyScience resumem as pesquisas e motivações de cientistas americanos. Queremos saber o que pesquisam e/ou por que pesquisam os cientistas brasileiros: #MinhaCienciaEmUmTweet
— serrapilheira (@iserrapilheira) 9 de novembro de 2017
Rapidamente, a iniciativa também fez sucesso na rede brasileira e esses são alguns dos tweets sobre a ciência que os brasileiros estão fazendo:
Mediação da informação, visibilidade e engajamento na repercussão de videoclipes com temas sociais no YouTube #MinhaCienciaEmUmTweet
— Ronaldo F. Araújo (@ronaldfar) 10 de novembro de 2017
Minha pesquisa é referente as alterações antrópicas ocorridas no percurso dos córregos de BH, que deságuam no Rio São Francisco. #minhacienciaemumtweet #SalveOVelhoChico
— Carolina (@oicarolyna) 29 de novembro de 2017
A Síndrome Metabólica é um conjunto que tem alta morbimortalidade mundial. As demências também. Se você não cuidar da sua vida, como cuida do seu cabelo, seu corpinho e memória quando idoso irão pro além! #MinhaCienciaemumTweet #Divulguesuapesquisa #whymyScience #UFSCar 👻😜📕
— Renata Araújo (@renatabza) 27 de novembro de 2017
#MinhaCienciaEmUmTweet pic.twitter.com/Wq2qTD8R3b
— Matheus Gadelha (@gadelha_m) 23 de novembro de 2017
Compartilhamos vários outros tweets da hastag #MinhaCienciaEmUmTweet no nosso Twitter Periódicos de Minas. Confira clicando aqui.
Através dessa brincadeira, Dalton Ludwick e o instituto Serrapilheira testaram a capacidade dos cientistas de divulgarem ciência. E o resultado foi positivo. Em poucas palavras e usando uma linguagem simples, as vezes combinada com símbolos da internet como gifs, memes e emojis, os cientistas conseguiram alcançar os assuntos mais comentados do Twitter e comunicar à sociedade que há muita pesquisa interessante sendo feita.
Leia mais: #MinhaCienciaEmUmTweet no site da ABC.
O resultado foi uma eficiente divulgação científica que surpreendeu e agradou a maioria dos usuários da rede social:
Passei 5 minutos na tag #MinhaCienciaEmUmTweet e já quero sentar com metade do twitter pra eles me ensinarem mais sobre suas pesquisas.
— Ingride (@CruzIngride) 19 de novembro de 2017
Eu não me canso de ler essa tag. #minhaCienciaEmUmTweet
— Fabiana Cordeiro (@Fabilcp) 22 de novembro de 2017
Parabéns a todos os cientistas brasileiros por suas contribuições à ciência! #MinhaCienciaEmUmTweet
— Olá, Ciência! (@olaciencia) 19 de novembro de 2017